quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quando perdemos um grande amor ...

A minha história é a sua história. Também é a do vizinho, a do carinha que entrega jornais em Bangladesh, de todo mundo.
Diria que sofrer de amor é uma experiência igual que tomar cerveja. Mesmo sabendo que é amargo, você ainda acaba provando. Ninguém escapa dessa regra.

Aconteceu comigo. Demorei em descobrir que era amor. Pior ainda, que era grande. Tanto que quando dei por mim ele já havia partido. Para sempre. Passei alguns anos supondo uma série de coisas inúteis do tipo... se eu tivesse dito, se eu tivesse feito, que só serviram me fazer sentir péssima. Não fiz nada, ele nunca soube e perdemos a nossa oportunidade.
E quando falo de amor, não me importa a dimensão. Para mim foi amor e pronto. Aliás, por que o amor  tem que ser medido pelo tempo e não por sua intensidade?

Um dia li seu Facebook. Estava namorando firme. Me senti estranha, dolorida, como se tivesse levado um golpe na boca do estômago; tive sensação de putez também; não pegava bem me sentir triste porque meu ex namorado decidiu tocar a vida dele, e eu, com um namorado ao meu lado. Foi terrível descobrir que ele ainda me importava, mesmo depois de tanto tempo.
Passaram-se os anos. Muitos. Até hoje sonho com ele. Desperto no meio da noite sofrida com essa mexida no passado. Olho para o lado e está o meu atual amor, que dorme um sono profundo e ingênuo. Eu o amo, não há dúvidas, mas não posso evitar a lembrança do outro, o quanto sofri e amei. Bandidamente acordo apaixonada pelo meu ex, passando o dia com música romântica e suspiros. Chego em casa e está o meu namorado. Estamos brigados. Mas não por meus sonhos, por uma bobagem qualquer. Olho para ele, inquieta, perdida, me sentindo uma completa louca, masoquista e biscate. Sinto culpa.

Precisei de muitos anos de auto análise para descobrir que um amor, sem importantar a dimensão - repito, a gente não esquece nunca. Se ele foi grande é complicado e se você o perdeu sem que ele soubesse dos seus verdadeiros sentimentos, é impossível fazer de conta que isso é coisa do passado.
Perder um amor é como perder parte de si. São anos para cicatrizar a ferida. E é assim que acontece, ante qualquer informação trivial sobre a vida dele é um abalo sísmico na minha, na sua. Aí bate aquela tristeza estranha, a sensação de putez, os se....e chega uma hora que parece que acabou,  até retomar o ciclo e voltar tudo de novo.

Por isso, ao ver uma amiga lendo um best seller outro dia, de título "o que você deve fazer para conseguir um namorado", tentei convencê-la que no amor não se deve usar táticas. A melhor jogada que você pode fazer por si é ser você mesma. Ser verdadeira nos seus sentimentos e ex-pres-sá-los!!! Acho que é a forma de se viver a vida por completo, sem esse medinho adolescente de fazer o que é "errado". Ser você mesmo não está mal e dizer que ama é a melhor terapia do mundo, por mais que não dê certo depois.

Então nega, tá esperando o quê? Liga pro bofe e diga a ele (ela) o quanto você o (a) ama. Deixe de esperar e faça as coisas acontecerem, antes que você perca uma oportunidade preciosa na sua vida...
Vai por mim, e depois me conte como foi.

8 comentários:

  1. Engraçado que justamente hoje senti exatamente isso por um amor que se foi há seis meses. Os mesmos sentimentos e aquela sensação de culpa eterna. Será que fomos condenados pelos nossos erros? Será que um dia isso passará? Sou um animal. É fato...

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  2. Esse não é um sentimento pelo qual eu tenha necessariamente passado; mas o texto é belo.

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  3. Entendo perfeitamente...
    "Acordo apaixonada pelo meu ex, passando o dia com música romântica e suspiros. Chego em casa, está o meu namorado e estamos brigados. Mas não por meus sonhos, uma bobagem qualquer. Olho para ele, me sentindo uma completa louca, masoquista e biscate."
    Poderia ter sido escrito por mim....
    Ainda bem que essas coisas passam!

    beijos meus!!

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  4. De certa forma, a tua volta ao passado é pouco contra a minha filosofia de vida, pois por mais que doa, não dá para voltar numa decisão antiga, no máximo, tenta-la corrigi-la (que não apaga o erro anterior), então é encarrar que naquele momento de vida tu tomou a melhor decisão e continuar a viver apartir deste ponto...

    Fique com Deus, menina michele Mitsue.
    Um abraço.

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  5. Fábio: Vá resolver suas pendengas amigo meu. Muito melhor que ficar vivendo dessa angústica.

    Luís: Que honra! Até me assustei quando vi seu nome. Elogios vindos de você, levo a sério.

    Lis: Ainda bem mesmo!

    Daniel: Você tem razão. Mas tem coisas que a gente não controla e nem sempre voltar atrás é viver dele. Pode ser uma oportunidade também de refletir sobre os erros e aprender para não cometê-los novamente. Bjão!

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  6. Ooooo Micheli.
    Para de dar ideia.

    Tô com o telefone na mão já, mas sabe de uma coisa? Quando o ex vale a pena, até vale o dia com músicas do Wando. O problema, minha amiga, é quando a saudade é daquele escroto e vc mesmo assim passa o dia em trande.

    Tenso.

    Amei seu post. Saudade de passar por aqui.

    =)

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  7. ay Mi, fueron tantas las veces que le dije a un ser estupido "te amo" y no valio la pena.
    hoy entiendo que el amor es la libertad de compartir momentos agradables con alguien especial, con el que tambien podes tener sexo.
    excelente texto, me llevo al borde de la taquicardia y el dolor de panzita.

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  8. Eu ia comentar o texto (um docinho de coco)
    mas,
    me distrai descobrindo q o Lule nunca sentiu saudade de um velho amor

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