sexta-feira, 28 de maio de 2010

Chicrete com martelada

Descobri este vídeo no blog http://casa101.blogspot.com, da queridíssima Kath. Depois, retornei a vê-lo em São Paulo, só que desta vez, não me recordo onde.
Foi justamente na terra da garoa que constatei como tem muita gente falando errado, polamor! Então, desconsiderando temas sócio-educacionais e linguística moderna, dedico este post aos que se irritam ao escutar senhores, senhoras e senhoritas pronunciarem palavras politicamente corretas de forma inacreditavelmente irreproduzível.
O vídeo é para ouvidos pouco tolerante e talvez, para sádicos como eu.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Para votar no Top Blog 2010

Pessoas! Recebi alguns emails de gente expressando dúvidas de como votar. É simples! Basta clicar no ícone que aparece no blog ao lado esquerdo. Uma nova página se abrirá (espere que carregue) e o sistema pedirá que você confirme o voto clicando num ícone minúsculo que está no canto inferior direito (pra facilitar mesmo galera, hehe). Na mesma janela, vocês terão que confirmar o voto. Para isso, é só preencher o campo mais abaixo com o seu nome e email. Vejam o print abaixo (atenção no que está marcado com rosa).
Não é tão simples, mas não é tão impossível. Valeuuu!


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Você não soube me amar concorre ao prêmio Top Blog 2010

Gentem! Vocês são fodex mesmo... Tá boiando, né? Eu também. É o seguinte: este singelo blog foi indicado ao prêmio Top Blog 2010. Aí você vai dizer "mas meu, é só uma indicação...", é verdade, trata-se apenas de uma indicação. Mas isso significa muito pra mim, pô! O blog nasceu sem nenhum tipo pretensão e vejo ele crescer a cada dia. As pessoas me escrevem, gostam dele, e o mais louco de tudo isso é que ele é fruto das minhas maluquices. Isso significa que o mundo ainda aprecia os pirados, eita coisa boa! Tá certo que muitos pontos necessitam ser ajustados, porém, isso será feito aos poucos). E antes de mudar de assunto, quero agradecer a todos que me visitam, homens, mulheres (e porque não os transexuais?)

Ah, cheguei hoje de São Paulo, de uma viagem digamos, comovente. Tudo foi uma verdadeira surpresa e é lógico que irei compartir essa com vocês. Sabe como é, tem que ter um pouquinho de paciência, porque o tempo tá curto por aqui.


Bem povo de darsham, beijos nesses olhos que me leem. (Ainda estou sob o efeito das pilulazinhas mágicas da sogra - sério, desta vez não fiz feio no avião, mas depois eu conto).
Abraços e valeu!

domingo, 16 de maio de 2010

Olhando para trás

Hoje acordei com uma vontade danada de comer arroz doce. Não porque sou fanática da combinação  arroz, leite condensado e leite. Na verdade, acho que esse foi um pretexto usado pelo meu subconsciente para replicar o mesmo sabor que senti há muitos anos atrás. No fundo, quero ter de volta o gosto da adolescência e saborear ao menos uma vez mais aquelas sensações que vivi numa São Paulo fria e chuvosa, que deixei no final da década de 90. E numa cidade fria e chuvosa, nada melhor que um bom prato de arroz doce para aquecer o corpo e o espírito, né não?


Um dia todo mundo vai embora, e eu sabia que em qualquer momento a minha vez chegaria. Deixei para trás os meus grandes amigos, a escola em que aprendi as primeiras letras, minha história. Em cada esquina podia ver uma cena diferente: eu correndo atrasada para a escola, o fusca inconfundível da professora megera, o muro dos beijos - e as vezes que fugi dele, minhas colegas do ballet, minhas brigas, os lugares onde me apaixonei, meus ex amores... tudo ali, reunido num conjunto de poucas quadras. É incrível como um complexo de ruas, edifícios e casas podem afetar tanto a vida de uma pessoa! E esse mesmo complexo, feio ou bonito, tem um significado muito importante para mim. Pois lembra a esse sabor de arroz doce que comemos com tanto prazer na infância, e é desse sabor que a gente não quer esquecer nunca. Quando recordamos dele, fatalmente sentimos um tremendo nó na garganta; quem já sentiu sabe do que estou falando. A gente suspira e disfarça a lágrima que quer escapar, resultando num sorriso descompassado, sem graça, improvisado.


Também chegou o dia em que deixei a casa da minha mãe. E com o passar dos anos, acabei esquecendo definitivamente o gosto do arroz doce. É engraçada a forma como a gente esquece de coisas importantes. E nem é um esquecimento voluntário. Vamos conhecendo e provando coisas novas, e o que estávamos acostumados torna-se um desconhecido. Ou um esquecido mesmo.


Amanhã terei a oportunidade de recordar à cidade fria e chuvosa de sempre. Sim, vou a São Paulo. Confesso que estou ansiosa, pois tanta coisa passou nesses últimos 12 anos! Claro que já voltei pra lá outras vezes, mas sempre adiando esse reencontro com a Michele de anos atrás. E isso está me causando um frenesi terrível, pois não é apenas reencontrar as ruas que andei, é também rever pessoas é recontar histórias e nesse momento desafiador, será inevitável não olhar para trás e comparar ambas Michele para saber se as escolhas que fiz foram as corretas, desde que deixei a cidade.


Sem dúvida são poucas as ocasiões que temos para um um reencontro consigo mesmo e fazer uma reflexão de tamanha profundidade como essa. Agora, estou nesse devaneio infantil, esse medo da crítica, essa curiosidade de saber o que mudou, o que ficou igual e como o lugar e as pessoas vão me receber. Se me tranformei em uma boa pessoa, se estou dentro das expectativas do que imaginaram o que seria a minha vida. Algumas vezes recuei e desisti desse reencontro com o meu eu, mas sei que não podemos fugir para sempre. E como parte do ritual, eu mesma preparei um arroz doce. Claro que não ficou como o da minha mãe, e não houve o lirismo esperado. Teve sim, um comentário de sogra feito por minha sogra "tem cravo demais, ficou forte".
O ritual seguiu como devia. Iniciei o meu reencontro e já com críticas! Devo estar preparada para elas, afinal, elas também fazem parte da vida. Voilà!


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Invalidando conceitos

Enquanto alguns setores tentam validar conceitos como "o trabalho edifica o homem", "ter o controle da fome, sono e sexo (mente e corpo) te enobrece e te faz um ser superior", "devemos aprender a amar e a respeitar todos os seres humanos" e outras estupidezes do gênero, eu confirmo e comprovo que essas ideias só podem ter surgido de mentes bastante sádicas e de humor um tanto duvidoso. Porque só mesmo um idiota é capaz de acreditar que para ser um grande homem (independente do gênero) é necessário ralar o couro feito um condenado em Guantánamo...

Particularmente falando, odeio trabalhar demais. Primeiro, porque existe uma vida fora do escritório à qual penso em me dedicar e segundo, porque não ganho tanto assim para dar o meu sangue a um capitalista que enriquece dia-a-dia às minhas custas. Definitivamente, o meu espírito não é altruísta.
Veja o caso do meu blog, está abandonado! A pouca audiência que tenho está despencando, porque meu trabalho consume a pouca inspiração que possuo. Então, ao invés de erguer meu mega complexo faraônico (fazendo alusão ao "edificar"), cá estou sem condições e forças de erguer sequer um barraco.

Meu deus! Existe coisa melhor que comer, foder e dormir? (não necessariamente nesta ordem). Novamente, tendo a mim como parâmetro: se não como, não funciono. Fico num humor horroroso, porque horas passando fome me leva a uma gula desesperadora seguido pelo sentimento de culpa por ter comido demais. Por trabalhar muito, ando comendo qualquer porcaria, resultando em quilos a mais, emporcalhando o meu humor por conta disso. E por tanto estresse, boicotaram os prazeres noturnos (e por que não dirnos?), o que acentua o meu mau humor, pois vida sem sexo é tão terrível quanto uma sem uma comida (tô falando de alimentos). E como se não bastasse, tenho mil e uma preocupações na cabeça, somatizando em uma insônia desgraçada. Eh queridos leitores, atualmente sou uma zumbi ambulante, que passa fome em todos os sentidos humanos. Terrível isso.

Aí vem alguém com voz de Eliana no Parque me dizer que devo amar o meu semelhante. Oras essa! Olhemos a minha vida cotidiana: levanto cedo num puta frio para ir trabalhar. Tenho que me enfiar num metrô cheio de humanos problemáticos, fedorentos e mal educados. Ora e outra, dou com um infeliz que pisa no meu pé, que rouba meu assento ou que lasca a ponta do jornal no meu olho. Chego no escritório já com uma pilha de problemas que humanos problemáticos criaram. Tem o gerente inescruploso, a faxineira tagarela que fala dos seus "pobremas", clientes azedos que só fazem perguntas estúpidas e colegas assustados, porque somos bombardeados com a ameaçadora frase "cortes". Há ainda um chefe impiedoso que assiste toda essa histeria coletiva num monitorzinho e desde nossas salas escutamos sua gargalhada demoníaca e um estranho cheiro de enxofre que escapa pela porta. Destruída moralmnete e fisicamente, volto pra casa no mesmo metrô infernal. Chego em casa e não tem nada na geladeira, porque o inútil do meu namorado nunca tem tempo pra essas coisas (e como é que eu tenho?). Então, sou obrigada a tomar uma sopa que a Unilever elaborou com um monte de químicos, ganhando fatalmente uma úlcera que consumirá a merreca que ganho. A noite de sexo mais que merecida é recusada, porque o homem que jaz ao meu lado está ou cansado, ou com dor de cabeça, ou deprimido. Somando as poucas forças que ainda me restam, boto Lost pra assistir, mas a saga tá tão merda que me dou por vencida e vou pra cama tentar dormir. Mas como? Tenho inúmeras missões impossíveis para resolver no escritório e as imagens do Jack e Sawyer com aqueles peitorais pulsam nos meus neurônios. Sou obrigada a ler qualquer relatório chatíssimo pra cair no sono. Agora, diz aí minha senhora, como é que eu vou amar e respeitar os seres humanos?

Como disse, só um sádico de humor duvidoso para cogitar tamanha utopia.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

E o prêmio mico vai para...

Na real, o nome desse blog deveria ser Micolândia e não Você não soube me amar. É tão forte a energia que os desastres exercem sobre a minha pessoa, que é inevitável escapar de um mico.

Voltei minha gente, vivinha da silva, com uns quilinhos a mais de tanto me empanturrar com a deliciosa comida brasileira. Minha gulodice foi tão estratosférica que em 3 dias provei quase toda a cadeia de restaurantes disponíveis nos shoppings da zona sul de São Paulo. Ao menos algum conforto para este corpo sofrido...

Como esperava, minha viagem foi um fiasco. A comida do avião era péssima - um sanduíche que me deixou com sérias dúvidas se, o que estava comendo não era  um lanche de espuma. Depois...depois a maldição da aterrissagem, que antes mesmo do piloto pensar em dar este comando, comecei a vomitar a medula óssea, passando para os intestinos delgados e finalmente o cérebro. Fiquei tão atordoada que passei 30 minutos sem me mexer, sem respirar. Só pensava "porra, pise logo no chão". Mas o infeliz do piloto estava com excesso de velocidade, subiu novamente e tive que passar por este processo kármico pela segunda vez numa mesma viagem, vomitando então a minha bexiga. Mas o lado bom de tudo isso é que se o sofrimento te leva ao céu, já tenho a minha mansão garantida bem ao lado da de deus! Por sorte desta vez não fiquei com os peitos de fora. Como de praxe, assustei a moça que viajava ao meu lado - muito solidária por sinal e como uma diva desci do avião com uma galera me esperando: paramédicos, lógico. Demorei em me recuperar, mas superei. Decidi abandonar essa vida de Sophia Loren em "A escolha de Sophia" e encarnar uma Amy Winehouse. Tomei uma pilulazinha do diabo e desabei na viagem de volta. Literalmente me senti nas nuvens.

A viagem, no geral foi ótima. Revi um antigo amigo, matei a saudade da minha cidade natal e retornarei mais breve que imaginava: dia 17 de maio. A trabalho, of course - desde quando pobre viaja quando não é pra ralar o lombo?

De qualquer dorma, obrigada pelas orações e peço enfaticamente que prossigam com elas. Beijossss
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