domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ano novo, vida nova?

Depende. Acho que as grandes mudanças que tanto esperamos para um novo ano, na verdade é uma invenção que criamos para poder sobreviver a realidade que vivemos. E não está mal criar essas mentirinhas. Até penso que elas nos ajudam a refletir uma série de coisinhas que passam em branco na maior parte do tempo. Por exemplo, quando é que a gente leva a sério que estamos acima do peso? que devemos deixar de fumar? trocar de namorado? ou fazer algo que a gente realmente gosta? Pensamos nessas questões "existenciais", apenas quando um ano está prestes a começar, e o mais triste disso é que elaboramos uma lista enorme de metas que nunca são cumpridas.

No meu caso, adoro empurrar com a barriga as coisas que me incomodam ou renuncio o que realmente quero fazer, porque estou pensando nas outras pessoas. Percebi, que isso foi gerando um desgosto tão impossível dentro de mim, que nem eu mais me suportava; puro resultado de ter sido corrupta comigo mesma, de me prometer coisas e não cumpri-las. Exemplo disso, é a minha grande frutração de não poder viajar e conhecer outros países porque o meu namorado ainda está estudando a graduação dele. Coitado, ele realmente não pode me acompanhar em grandes viagens, e por não me animar a viajar sozinha, fico ressentida e frustrada. Até que percebi que o problema estava em mim, na incapacidade de fazer realizar situações que me faziam bem, neste caso, uma viagem interessante. Cheia de culpa e remorso, elaborei um plano de viagem que incluía deserto, montanhas e lugares exóticos com esportes radicais. Chamei um amigo para me acompanhar, e nos mandamos para o norte argentino, seguindo pela Bolívia e Chile. Jamais, em sã consciência, teria feito tamanha maluquice. Ir sozinha, pior, com um amigo ao deserto de Uyuni e Atacama foi o meu grande grito de rebeldia. Naquele momento não reconheci, mas hoje, vejo que isso foi um prêmio mais que merecido. Tive que enfrentar o ciúmes, a reprovação e os meus próprios fantasmas, mas confesso que tudo saiu maravilhoso e estou orgulhosa de mim! Eis o motivo da desatualização deste singelo blog que você lê neste momento.

Com esta experiência, aprendi que a decepção mais dolorosa acontece quando vem de nós mesmos. Se você está a fim de fazer algo por você, não crie barreiras, vá e faça. Vamos cair na filosofia de bar de que a vida é curta, mas é mesmo meu amigo. Por isso, invista nos seus desejos para fazer do novo ano uma vida novinha em folha. Você se redescobrirá numa dessas. Vai por mim!

2 comentários:

  1. Algo para se pensar bem, na responsabilidade que temos sobre os nossos desejos...

    Fique com Deus, menina Michele Mitsue.
    Um abraço.

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  2. se eu teria sabido isto antes eu ano teria ficado num hospicio. que bom que tem a formula da felicidade na mao.

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