terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tentativa de slow life

Cheguei à conclusão de que estou envelhecendo da pior forma possível. Como feito porco para engorde e igual que um suíno, não faço nada todo o dia, além de mastigar e ingerir. Mentira, trabalho bastante, com o detalhe de que passo o dia inteiro sentada. reconheço que o sedentarismo combinado com a gula não faz bem. Por outro lado, durmo pouco. E quando durmo, sonho que trabalho. A solução radical foi trocar os croissants por maçãs com cereais e mel - horrível, mas estou tentando. Dentro das mudanças radicais inclui canalizar o meu estresse: não brigar com o Luis porque a roupa dele está completamente espalhada pelo chão, não me importar se alguém mais veloz que eu rouba o meu assento no metrô quando tenho o pé cheio de bolhas e não ter taquicardias ao ver meu recibo de pagamento e a fatura do cartão de crédito e chegar à fatal conclusão de que trabalho para nada.

Ontem acordei cedo. Para começar o dia, botei música hindu na cozinha, enquanto comia minhas maçãs com cereais e mel. Depois, fui caminhar na praça, sem o Ipod - para escutar o canto dos passarinhos. Voltei pra casa e estava tão animada com a ideia do slow life que decidi ir à praça novamente, mas desta vez, com o cachorro. Como o Sasha - o cachorro... antes de seguir, um esclarecimento: segundo o Luis, Sasha é o apelido de Nicolás em Russo, uma espécie de Chico para os nossos Franciscos. Esclareço isso, porque sempre pensam que o Sasha é uma fêmea, coitado. Continuando... como o Sasha está velhinho e fica ansioso para fazer pipi, mal abri a porta da entrada do prédio para dar aquela mijada caprichada na porta da vizinha, quando ela recém havia lavado. Pedi desculpas, disse que ela tinha razão e até me dispus a limpar o xixi, mas a velha desgraçada não parava de berrar, juntando plateia na porta de casa, uma vergonha. Respirei fundo, tentei usar as técnicas de respiração que li no wikipédia, mas nada. Me senti tão ultrajada que abri a boca, ali mesmo, na frente de todo mundo mais o cachorro. O porteiro, coitado, sensibilizado foi lá jogar água com sabão pra ver se a desgraçada da velha calava aquele trombone que ela chama de boca. Contei para o Luis a incompreensão cometida contra mim e Sasha e num momento repentino, saí do transe. Como não havia juntado o cocô dos gatos - tenho dois, inclusive, uma está com problemas gastrointestinais, largando uma merda tão fétida que você pensa em se atirar pela janela. Juntei a bosta. Guardei num saquinho e ordenei que ninguém tocasse na minha merda. E assim passei o dia coletando merda com a ajuda do Luis. Agora a pouco, na calada da noite, peguei toda a bosta que tinha, e lambuzei a porta da véia, hahaha.
Filha da puta, agora quero ver você gritar, berrar, espernear para eu escutar, rir e me deliciar com o seu histerismo demoníaco, vaca do caralho!

PS: O mijão é esse aí da foto =)

2 comentários:

  1. meu deus! como assim??? voce è demoniaca.
    hahahahahaaaaaaaaaa ay como doi a barriga de tanto rir. vou morrrrrer! o pior è que tou num ciber. toco mundo olhando pra mim!
    engraçadissimo menina! porque nao xingou à idosa? manda pra pqp essa cadela!
    bonito o cachorrinho hem, eu tinha um igual tambem se chamava de Sasha, tive que dar de presente para o vizinho porque o filho da puta mordia meu sofà, se atirava da sacada, e dormia na casa do tio da esquina.

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  2. Dia estressante, fato...

    Menina, tentou ver o veterinário para o te gato com os problemas grastro intestinais?

    Fique com Deus, menina Michele Mitsue.
    Um abraço.

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