sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A vida não é um comercial de margarina

Sempre quis acreditar que para ser feliz não é necessário ter alguém do lado. Menos ainda, seguir o velho roteiro pré-fabricado que impõe o sucesso profissional, o casamento e os filhos como a melhor receita para viver uma publicidade da margarina Qualy.

Com os anos, reconheci que é difícil lutar contra esse sistema machista, que arrasta com ele milhares de mulheres inteligentes, modernas e que, mesmo não necessitando de alguém para se sentir completa, terminam sendo convencidas do contrário. E nós mulheres realmente nos frustramos quando não encontramos o tal garoto propaganda para a tal publicidade de margarina.

Hoje tenho 30 anos. Falta pouco para os 31. É terrível isso, mas sinto que passei do tempo de casar, de ter filhos, de ter uma casa com jardim e um cachorro que pula em mim enquanto sustento uma enorme jarra de suco de laranja. Isso, porque a minha relação, que dura há 6 anos, não está dando certo. Então fica aquele ranço de frustração, as perguntas de onde estão as falhas e a incerteza da possibilidade de recomeçar com outro cara, tudo de novo, o ciclo.

No meu caso, começou perfeito. Conheci um homem inteligente, honesto, amoroso e fiel. Me convenci sobre as vantagens de uma relação a dois, dessa outra metade a quem serviria uma tremenda jarra de suco, ali na cozinha, com o café da manhã, o cachorro, as crianças. Me entorpeci com os milhares de planos rotineiros, como a cor da parede da casa, a educação dos filhos e os últimos anos da minha vida ao lado do homem que escolhi para ser meu companheiro. Levei anos trabalhando duro para me convencer de que necessitava desse roteiro sem muita originalidade, até estar completamente adoutrinada. E é isso que me causa pena, pena de mim mesma, porque eu e meu companheiro nos amamos, mas vemos que juntos não damos certo. Então, queremos dar a volta por cima. Mas recomeçar como, de que jeito? Confesso que recomeçar um projeto de vida que inclui uma nova pessoa, com novos hábitos, gostos, jeito de ser, não é tão simples como iniciar uma vida em uma nova casa, reiniciar um projeto com um novo profissional, retomar a tese com um orientador diferente. É quase insuportável recomeçar quando uma vez você achou que estava tudo encaixado, justo e moldado.

Agora fica aquele medo bobo, aquela insegurança que te deprime, que te bota pra baixo. Fiquei desanimada, sinto que falhei, falhamos e pra que planejar tanto se certamente não vai dar certo?
Eu sei, é possível sim seguir a diante, com um cara mais bonito, mais inteligente, mais amoroso. Pode ser. Mas dar o primeiro passo quando você reconhece que a vida nunca será um comercial de margarina, é o maior de todos os desafios.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

É nóis na segunda fase do Top Blog 2010

Valeu galera! Ontem foi uma comemoração que só: eu, Luis, minha sogra e os gatos. Todo mundo naqueeeela expectativa.
Continuem votando. Se ganho a "moto", vendo pra pagar as dívidas e visitar a família no fim do ano.

A causa é nobre...então, ajuda aê.

Beijosssssssssssssssssssssssss

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Horóscopo da semana: Inferno Astral

Não sou adepta à astrologia não, mas quando vi o meu signo estampado no final da revista, fiquei curiosa. Por que não dar uma espiada? Afinal, o que de tão ruim pode trazer algumas previsões? Pensei.

Logo de cara, me chamou a atenção que para Sagitário - meu signo, Júpiter estivesse em trânsito por estar em conjunção com Vênus (???) Se o trauma de infância me permite, recordo que conjunção é um elemento gramatical de uma estrutura sintática ou morfológica de uma Língua. Misturado com Astronomia, juro, senti um terrível inferno semântico explodindo na minha cabeça. Com a Geografia, eu era mais dada, e recordo que esses dois planetas estão bemmm longe um do outro, inclusive, bemmm separados pelo cordão de asteróides entre Marte e Júpiter. Então, mais confusa ainda, fiquei com a indagação sobre a coerência entre conjunção, dois planetas distantes entre si, meu signo e o inferno astral.

Ignorando a geografia espacial e a sintática morfologicamente complicada das conjunções, só entendi a asneira que li na revista ontem à noite, após 95% das urnas apuradas.
O inferno astral chegou um pouco atrasado, mas apareceu, exibindo sua perna manca, língua presa, bunda enorme e com uma musiquinha idiota de fundo chamada Florentina.
Até este exato momento, não pude superar os deputados que escolhemos para nos representar no Congresso. Quanto à presidência, não colocando a direita no poder, estou feliz. É um avanço. Mas Tiririca e ex BBB como Deputado Federal, é a prova de que somos completamente imbecis.

Sinceramente, deixarei meus livros sobre Política e Desenvolvimento Humano de lado e começarei a dar mais valor ao Horóscopo. Sem dúvida, este último é mais previsível e certeiro.
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